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terça-feira, 12 de novembro de 2013

Casa da Memória da Paisagem Cultural de Sintra

Olhando para a paisagem (foto)
podemos ver que por baixo do Castelo dos Mouros
 pelo lado norte está um monte. Tal monte é denominado Monte de todos os Santos, vulgo Monte Santos. Ai nesse monte foi edificado um casario. Esse casario está dentro da Quinta de Sto António. Um dia visitei a dita Quinta, e logo depois de entrar e dar cinquenta passos num caminho estreito ladeado de cedros que pouco deixavam ver árvores de fruto, deparei-me com uma vista para a serra, com o presépio de Castelo e Palácio, como nunca tinha visto. Quem habitava o Casarão era a Pedagoga e Artista Plástica Zulmira Oliva. O convite de tal visita foi com a ideia de ver os seus trabalhos de pintura a aguarela e ajudar a dinamizar o espaço. Sentado no degrau das escadas ouvi várias histórias, da então Professora de explicações, sobre como foi ali parar e quais as vontades e projectos tinha já pensado para aquele lugar. Quando numa das histórias foi contado que o Prof Agostinho da Silva visitou a Quinta um par de vezes, o meu interesse redobrou a vontade de preservar nem que fosse a memória da sua visita a Monte Santos. A ideia do professor era fazer daquele espaço uma Escola das Artes e do Pensamento Pedagógico. A matriarca da cultura em Sintra Maria Almira Medina, também fez parte desses "encontros memoráveis", isto dito por ambas as duas."alunas" do Professor, que as incentivou a comunicar com a edil Sintrense, das ideias e vontades que afloravam a cada encontro. Da minha parte (Casa das Cenas-Educação pela Arte) ainda dei o meu contributo para pôr a funcionar uma casa em anexo como /Atelier Coletivo. Limpo e pintado aimnda organizamos uma palestra sobre Agostinho da Silva. Nesse dia, de muita chuva, percebi que havia outra Quinta de Stº António na Estefânia e que a comunicação social local não deu importância ao acontecimento.
Os medos de estar a fazer algo "fora do Comum" pairou sobre a mente de quem vibrava (como eu) com o espaço e com a ideia de contribuir para fazer realmente história.
Passado mais de dez anos, ainda penso como seria o sorriso do Prof Agostinho da Silva se a memória daquele lugar desse alma ao criador.
Agora que se devia projetar para aquele Monte, que é de todos os Santos,
 a Casa da Memória da Paisagem Cultural, isso não há dúvida.
Seria um dos frutos mais duradouros e maravilhosos
que podíamos colher no futuro para presentear todos os Santos,
Sintrenses e todo o Mundo; e claro, um pouco de Agostinho da Silva. JZ

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