Contudo, as escavações conduzidas no local por João Ludgero Marques, entre os finais da década de oitenta e os inícios dos anos noventa, colocaram a descoberto alguns troços de muralha e uma "semi-torre" a eles adossada, obrigando, por conseguinte, a uma revisão do entendimento anterior e a própria análise das estruturas circulares como partes integrantes de um hipotético complexo sistema defensivo calcolítico (GONÇALVES, J.L.M., 1993, p. 38), de configuração quadrangular e complementado pelas duas falésias rochosas aí existentes.
Património Cultural de Olelas / Sabugo-Sintra |
Quanto ao espólio exumado no local, destaca-se um ídolo de cornos, característico deste horizonte cultural da Península de Lisboa, encontrado em 1992 no interior da "semi-torre" e na unidade estratigráfica calcolítica, imediatamente sobreposta à neolítica. Além deste artefacto, as investigações realizadas em meados do século XX (vide supra) permitiram recolher diversos fragmentos de cerâmica incisa e impressa, aparentemente associados a vasos de bordo denteado e a taças carenadas (CARDOSO, J.L., 1994, p. 63)". Ora feitas as fotos, reflectindo sobre o estado do Sitio, cada vez mais degradado, descemos a Serra e voltamos ao povoado, agora habitado por uma dezena de familias, que pouco sabem e nada usufruem de um Património Cultural, que em muitos lugares, onde o interesse público se manifesta pela preservação e contribuem para a valorização e melhoria das populações. A memória e a preservação desses vestígios populacionais, remontam ao CALCOLÍTICO, classificado como SIP - Sítio de Interesse Público, sob a tutela do IGESPAR IP | Património, não podem ser ignorados e a população se assim for chamada para essa tarefa, cuidar do que é de todos, certamente verá com bom olhos todo o seu apoio. Posted by José A.S. Figueira.